Guia: saiba como investir em negócios de café

Guia: saiba como investir em negócios de café 

Uma das bebidas mais amadas do mundo, o café só é menos consumido que água, e faz a vida dos seus fãs muito melhor com suas propriedades energéticas e seu gosto único. Se o seu sonho é investir em negócios de café, nós vamos dar o guia principal para que você tenha sucesso nessa empreitada!
Por que investir em negócios de café?



De acordo com a Associação Brasileira de Indústria de Café (ABIC), 95% da população bebe o famoso cafezinho em casa e em estabelecimentos comerciais. Em parâmetros mundiais, a Organização Internacional do Café (OIC) apontou que o Brasil é o segundo país que mais consome a deliciosa bebida, com uma fatia de 13% do mercado global. 

São, ao todo, 21 milhões de sacas ao ano. Entre 2017 e 2018 o crescimento no consumo foi de 4,8%. Espera-se que até 2021 a alta seja de  3,5% por ano. Isso significa que tem muito mercado a ser explorado no ramo do café. 

Um deles é o de cafés especiais, marcados pela produção selecionada, com certificado de qualidade, que dá origem a uma bebida excepcional em relação à fragrância, sabor, acidez e corpo. Segundo a consultoria Euromonitor o mercado brasileiro de café premium tem aumentado muito, crescendo 15% ao ano. 

Em busca de produtos de maior qualidade, o público consumidor quer um ambiente diversificado, com troca de experiências. De acordo com a Euromonitor são 3,5 mil cafeterias no Brasil.

Descubra, abaixo, 5 passos para você seguir e ter um negócio rentável e de sucesso!

1- Estude muito

Colin Harmon, fundador da cafeteria referência 3Fe e acumulador de prêmios como barista, expôs uma realidade preocupante durante uma palestra em 2017. Na Austrália, a cada dez cafés abertos, seis fecham antes de completar o primeiro ano. 

Foto: Bruno Regert

No Brasil, de acordo com o Sebrae, de cada 4 empresas abertas, 1 fecha antes de completar 2 anos de existência no mercado.

As razões para o fracasso de um empreendimento comercial são muitas. Em relação ao café, podem incluir falta de conhecimento do próprio produto ou maquinário. Por isso, num primeiro momento, é preciso procurar cursos que te familiarizem com a operação, que permitam compreender a técnica de produção e atualizem sobre as tendências em métodos de preparo e extração.

É imprescindível ter conhecimento sobre escolhas que precisará fazer cotidianamente na prática (regular um moinho, escolher ou trocar um fornecedor, adicionar uma bebida ao cardápio).

Outra dica, óbvia porém necessária, é: atualize-se! Procure cursos que expandam a concepção que você tem de operação e reveja seus hábitos. Atualizar o conhecimento te
permite fundamentar melhor as escolhas que faz no seu negócio.

2- Tenha um plano de negócios

Adquiridos os conhecimentos e a familiaridade com o café, dedique-se a desenvolver um business plan, ou plano de negócios. Ele deve apresentar de forma clara e sistemática a ideia sobre a cafeteria que quer abrir, desde o conceito do empreendimento aos aspectos mais práticos da empreitada: fornecedores, relações com clientes, plano de marketing, parceiros-chave, custos de estrutura, recursos principais, equipe, etc.



Fazer um plano de negócios reduz potencialmente os custos de implantação do seu empreendimento por evitar uma série de desvios possíveis. Quando se pensa em abrir um novo negócio, principalmente ao migrar de uma área de atuação profissional muito diferente, não se pode dar o luxo de subestimar as despesas.

É preciso, portanto, antecipar a relação de gastos (incluindo os custos financeiros mais básicos, muitas vezes ignorados) e o tempo necessário para implantação do projeto.

Como fazer um plano de negócio?

Evidentemente, você é a pessoa mais indicada para pensar, repensar, falar e defender sua própria ideia de negócio. Existem recursos e templates online para organizar o seu business
plan, mas é natural que precise de uma ajudinha profissional para transformar sua ideia de negócio em um modelo de negócio viável.

Nesse caso, prefira recorrer a profissionais que conheçam o contexto brasileiro de cafés especiais e a realidade comercial que você está verdadeiramente interessado em se inserir. Pensando nessa etapa fundamental, a Argenta oferece serviços de consultoria para que seu negócio já nasça competitivo. Desde o desenvolvimento do seu plano de negócios ao desenvolvimento de seu cardápio - inclusive treinamento e reciclagem da equipe enquanto você precisar. Nós sempre estamos lá.

3- Branding: seja reconhecido

O branding ou a gestão de marca consiste na criação de estratégias para expressar as experiências causadas pela sua empresa. Por exemplo: uma sensação, um modo de vida, uma conexão entre sua empresa/produto e determinadas expectativas, histórias ou memórias, conscientes ou não pelo cliente. 



É um elemento decisivo para criar valor para seu produto, para orientar as escolhas de consumo e te posicionar no mercado. Para tanto, é preciso criar maneiras de comunicar o propósito de seu negócio aos clientes e alinhá-lo com a experiência de serviço que eles terão. Isso cria conexões muito valiosas.

Comece pela logo, pelo estilo da identidade visual, inspirando-se nas referências que pesquisou. Pense em quais canais sociais você pode divulgar o seu negócio. Depois, em como transmitir valores não visuais. É importante ressaltar a importância de se buscar uma agência especializada para criar uma imagem profissional da sua empresa. Optar por fazer de forma amadora pode ser somente um tiro no pé.

4- Encontre o ponto ideal

Você já viu um restaurante com ambiente familiar e atrações para crianças pequenas sem estacionamento próprio ou no mínimo perto de estacionamentos conveniados? Pois então. O conceito do seu negócio estabelece algumas necessidades que precisam ser supridas pelo local escolhido.

Escolher um ponto é analisar pragmaticamente os custos de aluguel, o tamanho, a visibilidade e a acessibilidade. Aprovados esses requisitos, considere as tendências locais, a concorrência na vizinhança, a localização de seu público-alvo.

Uma boa estratégia é saber quais negócios já rodaram nesse local e se perguntar “por que não deram certo?”. Além disso, perceba como se sente no espaço. Se for muito apertado, te dará menos possibilidades de torná-lo viável. 

5- Invista numa arquitetura acolhedora

Você já ouviu falar das ondas do café? No inicio do século passado vivemos o que ficou conhecido como “primeira onda do café”. Ela foi marcada pela popularização da bebida para objetivos utilitário, como aproveitar a cafeína e ficar acordado. Nesse período diversas marcas de café instantâneo disputavam o mercado e acompanhavam soldados em treinamentos e guerras.

A segunda onda do café ficou conhecida por uma mudança no consumo. Com a popularização das máquinas de espresso e a inspiração do mercado de vinhos, os empreendedores viram no ato de beber café um modelo de serviço até então pouco explorado (especialmente nas Américas).



Surgiu a coffee culture, ou o consumo de café, como uma experiência sensorial para além da bebida. O atendimento e a arquitetura diferenciada conquistaram tantos frequentadores que esse modelo rapidamente se expandiu e, pela necessidade de padronização de sabor, as torras do café tornaram-se escuras, as bebidas carregadas por aditivos e o café, ironicamente, perdeu seu papel de protagonista.

A famosa terceira onda retomou as características negligenciadas pela anterior. Para tanto, outros modos de consumir café surgiram, outros métodos e outras conexões. Mantemos o foco na experiência do cliente (re)integrando de formas inovadoras o contexto do consumo ao contexto da produção, a partir da idéia de rastreabilidade.

O café de origem apreciado pela segunda onda foi levado ainda mais a sério: falamos em diferenciação e terroirs do café. Baristas não são mais apenas executores, mas potenciais
especialistas de toda a cadeia de produção, e quando têm oportunidade, vão até as fazendas e os produtores de café.

Reconhecemos que a cadeia produtiva de cafés especiais tende a implementar ações de responsabilidade ecológica e social e nós, atuantes sobre a educação de consumo de nossos clientes, nos esforçamos para fortalecer o elo de cada parte dessa cadeia.

Essas são tendências do mercado internacional que no Brasil se manifestam numa potência ainda maior, pela produção privilegiada que temos de cafés de alta qualidade. Apesar de terem início em épocas diferentes, essas ondas, ou tendências de consumo e serviço, sobrevivem coexistindo.

E a sua onda, sabe qual é? Independente da onda que o cliente escolhe estar, o ambiente da cafeteria deve acompanhar o conceito criado. A contratação de um profissional de arquitetura, que preferencialmente já tenha experiência em comércio, pode fazer muita diferença para a execução da reforma, ambientação e decoração.

E aí, quer saber mais? Baixe nosso ebook e confira outras 5 dicas para decolar seu empreendimento em café!


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